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A Bundesliga e sua ausência de PES explicada pela DFL Sports Enterprises

Se não tão cobiçada quanto a Premier League Inglesa, a Bundesliga alemã a cada ano atrai números cada vez maiores em audiência televisiva, pageviews na internet, consumo de produtos relacionados a ela e seus clubes associados, e mais de 200 parceiros que exploram a marca Bundesliga em produtos para entretenimento digital. Em nosso caso, falemos de videogames.
DFL SPORTS ENTERPRISES
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Susanne Jahrreiss da DFL Sports Enterprises – a dona do futebol alemão em termos de marketing, é a responsável pelo contato com interessados em explorar e adquirir os direitos do futebol alemão para games, álbuns de figurinhas, trading cards e tantos outros produtos, junto a Andy Meyer, diretor de vendas que foi severamente acusado de favorecer a EA num contrato que fechava exclusividade do produto Bundesliga com a produtora americana sem “analisar” a proposta da KONAMI em 2010.
Com a nova licitação para aquisição dos direitos de exploração da Bundesliga aberta para os próximos quatro anos, Jahrreiss explica ponto a ponto a parceria com a Electronic Arts, a ausência de parceria com a KONAMI e como reflexo disso, as dificuldades em reproduzir os clubes da Alemanha no game, tendo de lidar com eles individualmente, além de lidar com vários escritórios de representantes de atletas que atuam na Bundesliga. Por isso temos um Marcel Schmelzer, mesmo jogando no BVB, e não temos o Roman Weidenfeller, também do BVB, mas pertencente a um outro empresário que não tem um acordo comercial com a KONAMI.
É bem mais complicado do que parece!
Esclarecendo um ponto importante, Susanne jura que a DFL Sports Enterprises não exerce um leilão entre EA e KONAMI para ver quem dá mais e então fecha exclusividade pela exploração da marca. Embora não seja uma licença barata quando o assunto são games para consoles e PC, o que “pega” para a DFL é como ela enxerga seus parceiros reproduzindo a Bundesliga.
Contratos já foram rescindidos pois a DFL não gostou do produto final que alguns parceiros geraram, explica Jahrreiss. Não é apenas uma questão financeira, mas sim o que o parceiro pretende fazer com os direitos de exploração da marca adquiridos.

Não que a KONAMI não consiga criar um produto que atenda as exigências e os altos níveis de qualidade que a DFL demanda. Até a metade deste ano, a Bundesliga em jogos de futebol para videogames é exclusividade da EA por meio de um contrato estabelecido há quatro anos atrás.
Com a expiração do contrato, tanto EA quanto KONAMI tem uma nova chance de adquirir esta licença. O que pesa nesta relação de forças é que a EA passou a desenvolver produtos que ajudam os clubes a aproximar seus fãs/torcedores do clube por meio não apenas do game, mas também através de aplicativos que estão em produção, o patrocínio e parceria com emissoras de TV para gerar estatísticas e mais informações para os telespectadores.
Este é o desafio da KONAMI: igualar o jogo de forças. Ela já aceitou o desafio de pagar pela licença, algo que a EA não se opõe desta vez. Dentro da Electronic Arts e entre os produtores de FIFA, é uma questão de um ou dois anos para a KONAMI jogar a toalha e aí sim, se preocupar com uma ou duas novas concorrentes, que apesar de negarem até a morte, trabalham sim em projetos de games de futebol: a 2K e a Ubisoft.
A KONAMI, resta trazer a Bundesliga de volta em alto nível em PES 2016. Parar de enxergar suas licenças apenas como possessão e visualizar possibilidades de parcerias, agregar conteúdo, não apenas pagar pela licença mas ganhar com ela além da venda de jogos e agora, das DLC pagas que cedo ou tarde chegariam de vez a franquia.
Abrir os cofres foi mais que uma necessidade; agora o importante é saber se a grana será usada corretamente. “Chata” como Susanne Jahrreiss parece ser – a guardiã da marca Bundesliga – é bom a KONAMI esquecer esse calendário relapso de atualização de elencos, uniformes e outros pormenores do game que certamente jogarão contra ela na hora em que a EA decidir por um caminhão de grana na mesa para por mais quatro anos, ter a Bundesliga 1 e 2 apenas para sua franquia.
Em 2010, ela venceu a batalha apontando as falhas da KONAMI, até mesmo chamando a empresa japonesa de amadora.
Die Konami haben ihre Lektion gelernt… Möglicherweise!
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